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Só poderia pedir uma coisa, me salve me salve do que estou me tornando, fria, entorpecida.
Agora eu sei o que me falta, uma alma, a minha esta dormindo em algum lugar frio.
Não há nada aqui dentro
Entorpecida precisando do seu toque, da sua essência, do seu beijo, posso te ouvir chamar, mais não tenho forças para responder, me tornei algo tão frágil, tão vazio, tenho medo da luz. Não posso acreditar que todo esse tempo, eu não pude ver, estive perdida na escuridão enquanto você estava bem na minha frente.
Sem pensamento, sem uma voz, sem uma alma.
Vamos voltar? Por que tudo isso parece apenas uma longa ilusão que eu causei na minha mente por você.
Queria ir par algum lugar, despertar meus sonhos, queria sentir pelo menos dor, gritar.
Estou tão cansada de ficar aqui, deprimida, reprimida por todos meus medos
O que houve entre nos foi lindo.
Isso é muito mais que o tempo poderia apagar.
E você tem tudo de mim, minha alma, minha voz, meus pensamentos, com apenas um toque seu, eu me sinto completa.
Tentei dizer a mim mesma que você se foi, mais sua presença ainda continua aqui, reluzente e estável.
Mesmo se você estivesse aqui comigo, eu me sentiria sozinha.
Sim, estou com medo, o que você quer de mim?
Pode ter existido um tempo, que eu simplesmente me entregaria à luz, a felicidade, mais não, nada disso aconteceu, a escuridão tomou posse do meu corpo, sua força dominante confinou minha mente.
Eu fique confusa, sem tempo para respirar, só quero que você fique por perto, onde eu posso saber que você esta melhor que eu.
Da pra ver, que você esta certo, não há nada de errado com você, sou eu.
Eu sou estranha, medrosa, covarde.
Continue sorrindo a minha tristeza, por que você esta fazendo isso perfeitamente.
Por favor, volte, eu acho que você ainda pode salva minha vida.
Não desista de mim.
Foi em um dia chuvoso que eu te dei o brilho do sol.
Isso era o que pensava á quatro anos atrás, bom, às vezes me prendo a sua ausência, mais de algum modo, algo preencheu esse espaço que você deixou, a música.
Velejando no lago que nos conhecemos, sinto o vento forte sobre meus cabelos loiros, sua brisa levemente fria a suave que sopra em meu rosto. Não quero pensar na distancia que nos separa.
Mesmo muito longe de você, você é destino da minha alma.
O tempo passa, e tudo fica claro que embora você não esteja aqui, o nosso amor ainda não morreu.
O sol esta brilhando, o céu esta azul, seu sorriso estampado em minha mente.
Hoje tenho apenas 19 anos.
Todas as lagrimas que eu chorei, ainda sim, você nunca disse adeus
Prometo que da próxima vez nunca te deixarei partir, mesmo que isso custe minha vida.
As boas recordações voltam, com um trailer de filme em minha mente, só não sei o motivo, a que mais me chamou a atenção foi uma que eu prometia a ele que nunca deixaria que nada o acontecesse.
Acordo, estou deitada no bosque, era aqui que eu costumava fugir para te encontrar, as flores, o ar, tudo, tudo me lembra você, tudo tem seu cheiro.
Algo esta vibrando em meu bolso, é meu celular, recebi uma mensagem.
- Estou fazendo uma surpresa para você.
Ta, como o numero era privado, eu fiquei curiosa.
Resolvi voltar para casa.-”Mãe”- gritei logo quando entrei.-“Estou aqui em cima”.
Subi as escadas como um borrão, quase tropeçando na barra do meu longo vestido cru.
-“O que foi Amy?”- ela diz com seu sorriso esplendido, seu cabelos enrolados presos com pauzinhos-“ Mãe, por acaso vai acontecer um baile, uma festa ou algo do tipo?”
Ela me olha confusa-“ Não que eu saiba” eu estranho, quem será que me mandou essa mensagem?. Escuto uma gritaria lá fora.-“ O que será isso?” olho para minha mãe, que esta rindo feita uma criança. Desço as escadas voando e abro a porta.
São Bia e Conner que estão com sorriso de orelha a orelha, me olhando como alguém que vê Disneylândia pela primeira vez.
-“ O que eu fiz?” eles me empurram pra dentro -“Ta querem entrar?”
-“ Amy, não sabe da noticia?” Diz Bia com seus olhos verdes esmeraldas –“ Que noticia?” digo eu indo para a cozinha, volto com um pote de sorvete na mão.
Eles me olham como um olhar dizendo: “Oh, todo mundo sabe, menos você”.
-“ Ok, que rufem os tambores, sabe ele?” eu fico pensando, será que Bia esta falando de Lucas?-“ Ele quem? O Lucas?” ela me olha com um olhar que diz: -“ Ah eu vou te matar” Conner ri –“ Não o Lucas, o Christopher?” Christopher? O que ela esta querendo? – “Ele voltou, esta de volta a Nova York., e esta querendo te ver”.
Eu admito que ouvir isso me deixou fortemente alucinada, eu não tinha palavras, nem ao menos sabia se sentia, raiva, felicidade, ou medo. Se pudessem ver minha aura, a enxergariam ela completamente transparente-“ Han” foi à única coisa que eu pensei.
-“ Han? É só isso que tem a dizer?” eu olho nos olhos dela –“ O que quer que eu diga? Quer que eu pule de alegria? Ela me olha confusa. –“ Era isso que eu esperava” ela diz pegando o pote de sorvete da minha mão-“ Como eu poderia pular de alegria? Ele me deixou, sofri por tempos, eu não sei se quero ver ele de novo” ela fica parada olhando pra mim –“ Mais...” quando ela ia dizer uma enorme baboseira Conner ficou irritado.
-“ Chega Bia, não vê que ela não quer vê-lo? Parece que você foi à única que não prestou a atenção em todas as vezes que ela disse que nunca mais queria vê-lo”
Admito, eu fique sem graça ouvindo isso de Conner, ele que sempre foi tão calmo
Vejo que Bia ficou sem palavras, apenas recuou -“Tudo bem Conner, ela apenas estava feliz. Ela não quis magoar ninguém, por tanto, não precisa falar assim com ela”
Vejo que Conner ficou assustado consigo mesmo.-“ Me desculpem, eu estava meio irritado, eu e Tony brigamos, eu gritei com ele, ele gritou comigo” ele disse isso, eu vi tristeza em seu olhar, ah esqueci-me de mencionar, Conner é gay, o que é um desperdício, ele é lindo, seus cabelos no estilo Adam Lambert*
* Adam Lambert é um cantor gay, que foi um dos finalistas de American Idols.
-“ O que acha de pegamos um cinema?” eles parecem se alegrar com a idéia.
-“ Adorei a idéia, mas que filmes vamos ver?” disse Bia com os olhinhos brilhando
-“ Esta passando eclipse*”
* Eclipse é um dos livros da saga crepúsculo escrito por Stephenie Meyer.
Nos arrumamos em casa mesmo, Conner sempre tinha roupas no carro, e Bia, bom, tinha varias roupas dela em casa.
Vimos o filme, confesso que eu nunca gostei de filmes com essas coisas sobrenaturais, mais este era um que me alucinava, como eu queria ser como Bella, ter juras de amor feitas por Edward.
Mais como a vida não é como conto de fadas.
Voltamos para a casa, alugamos um filme e ficamos deitados no sofá.
-“ Gente, eu amo demais o Jhonny Depp.” Disse Bia comendo gordurosas batatinhas com molho.
-“ Sou mais fã do Orlando Bloom que do Jhonny” completou Conner.
-“ E você Amy?” Bia disse como se já não soubesse minha resposta.
-“ Jared Padalacki.”
Resolvemos fazer o jantar, eu fui ao mercado. Eu comprei algumas porcarias, mamãe estava na casa do seu namorado, meu pai nos deixou quando minha mãe inda estava grávida, ela me criou sozinha, eu admiro muito isso.
Foi quando alguém puxa meu braço e me encosta na parede.
Não consegui ver imediatamente quem era, mais vi olhos pretos, profundos.
Aqueles olhos me pareciam família, sua frieza.
Daí que me toquei que era Christopher –“ Você?” ele me olhou com um sorriso malicioso, que quando eu estava com ele, me deixava louca.
-“ Gostou da surpresa? Amy você esta mais linda do que antes” ele veio com seus lábios de encontro aos meus, por mais que eu quisesse beijá-lo, eu não podia, depois do que aconteceu, ficamos sem contato por quatro anos, isso ate não parece muito, mais pra mim foi como eternidades, eu não ia cair na sua isca com uma borboleta que cai na teia de uma aranha. Eu consegui escapar por debaixo de seus braços
Ele me olhou confuso –“O que foi? Pensei que você ainda me amasse.” Eu o amo, mais não é tão fácil assim –“ Não, as coisas mudaram Chris” ele chega perto de mim, mais uma vez eu fujo dele.
-“ Ah qual é Amy, para de fugir de mim, sei que ainda me ama.” Ele diz isso conseguindo me segurar pelos braços –“ E do que importa se eu ainda te amo?
-“ Amy eu estou bem aqui na sua frente, eu não quis te magoar, eu peço volta pra mim?” ele me olha com aqueles olhos que a Miley Cyrus* faz quando que algo de Robin Ray.*
* Miley e Robin são dois personagens da serie da Disney “ Hannah Montana”.
-“ Não, e uma não foi eu quem te deixei, foi você que me deixou, então a pergunta não deveria ser: Me deixa voltar pra você?” ele me olha com seus olhos pretos como uma azeitona.
-“Ta bom, Amy me deixa voltar pra você?” ele disse isso segurando minhas mãos.
-“ Vou ter que dizer não.”
- “ Ah Amy, por favor, sei que me ama.”
-“ Não, eu não te amo”
-“ Olhe no meus olhos e diga isso” ah que merda, ele sabe que eu nunca fui boa em mentir –“ Viu como ainda me ama?” ele diz isso com um sorriso com pura satisfação.
-“ Ta, eu te amo, mais eu não te quero mais, tudo que passou, não vou perdoá-lo por ter me deixado.”
Eu admito, se fosse alguns anos atrás, eu voltaria sem pensar, mais sua ausência me fortaleceu.
-“ Chris, some da minha vida, eu não quero mais” eu disse isso sem nenhum ressentimento.
Ele me olhou tristemente, eu sabia que ele ainda me amava, embora minha mente dizia pra eu ficar com ele, meu coração dizia ao contrario.
Ele saiu andando pela rua, quando estava pondo seus pés na rua, virava um carro, que iria matá-lo, por que a velocidade era imensa.
-“ Christopher” eu gritei e sai correndo como o Flash, o empurrei de frente o carro, evitando que ele fosse atropelado, mais evitando que eu seja salva, o carro bateu em mim, pude sentir na hora minhas pernas quebrarem como pequenos gravetos na mão de uma criança. Eu cai no chão, o motorista saiu do carro.
-“ Ai meu deus, garota, você esta bem? “ eu podia ouvi-los, mais não vê-los, podiam sentir que havia sangue por todo meu rosto.
-“ Amy, por favor, Amy fala comigo” era a voz de Christopher, ele estava desesperado.
Ate que consegui abrir meus olhos, Chris parecia aliviado, ele me abraçou, me pegando em seus braços.
-“ Chris, eu...” eu disse sem forças para se quer terminar.
-“ Não diga nada, por favor, a ambulância já esta vindo.”
-“ Não, eu quero... Que você me desculpe... Eu te amo, não fique bravo comigo.”
-“ Não Amy não diga isso, como eu poderia ficar bravo com você se você acabou se salvar minha vida?”
-“ Chris, sei que não vou sobreviver, então quero que siga em frente.”
Eu já não sentia meu corpo, se eu sobrevivesse, tinha 98% de eu ficar paralítica.
Minha visão estava toda embaçada, minha cabeça, parecia que ia explodir, acho que com essa pancada, eu ficaria com traumatismo craniano.
Ate que senti passos se aproximando, um enorme frio em meu coração, vi uma luz tão forte que chegava a arder meus olhos, senti que esse era o momento que eu partiria.
O que? Eu levantei, mais meu corpo continuava ali no chão, ai sim percebi que eu tinha morrido, Christopher chorava tanto, ele já sabia que eu não estava mais ali.
De repente eu apareci em casa, causando um vento que as cortinas balançavam.
-“ Ai que frio, vou fechar a janela” Bia levantou e fechou a janela.
De repente o celular de Conner toca.
-“ Alo, Christopher? Calma, para de chorar e me diz o que houve.”
Bia levantou curiosa.
-“ O que foi?”
Conner deixa seu celular cair no chão e senta no sofá boquiaberto.
-“ Conner, olha pra mim, o que foi? Conner! Você esta me assustando!
Conner desaba a chorar.
- “ B...ia... a Amy... A Amy sofreu um acidente.”
-“ O que? Como ela esta?”
-“ Ela faleceu”
Bia põe a mão sobre a boca, recua, se encolhe, põe as mãos sobre a cabeça e chora.
-“ NÃO! Isso não é verdade! AMY!”
Bia grita tanto, chora, que me da pena, não ligo para o que aconteça comigo, apenas não quero que eles sofram.
O meu ultimo desejo foi aparecer para eles.
-“ Amy?” diz Conner entre soluços.
Ah eles conseguiram me ver, eu tento falar, mais não sai minha voz.
-“ Amy!” Grita Bia
Eu sorrio e aceno com a mão.
Eu apareço em um lugar, é uma sala toda branca.
Uma velha grita meu nome, eu sento me Junto à mesa dela
-“ Isso é o céu?” ela olha pra mim –“ Quase, este é o lugar onde mandamos o mortos de volta para a terra.” O que? Eu iria voltar? Que ótimo –“ Não como uma humana, e sim como um anjo” um anjo? –“ Um anjo?” ela continua a me olhar –“ Sim, esse seu ato, foi incrível, uma verdadeira prova de amor, mais, tem uma pessoa que precisa proteger” ela praticamente cuspe as palavras –“ Quem?” eu pergunto encarando ela, ela tira seus óculos de fundo de garrafa –“ Caleb” ela diz com satisfação –“ Caleb? Onde ele mora?”
-“ Ele mora aqui em Nova York mesmo”, nos sumimos e aparecemos em frente uma luxuosa casa.
-“ É aqui, é aqui que Caleb mora” ela diz e some.
Eu entro na casa, agora eu atravessava paredes, legal. Espera ai, eu estou morta! Ah, um anjo, ele não poderiam a penas me manda para o céu e me aplaudirem pelo meu ato? Qual é?
Entro no quarto de Caleb, como eu sabia que era o quarto dele? Por que tinha seu nome escrito na porta, não sei mais isso me parece meio infantil.
Tinha alguém embaixo da coberta, logo o despertador tocou, já eram 08h00min, nossa, o tempo passou rápido demais, aqui na terra parece horas, lá em cima minutos.
Ele levanta-se, vejo que é um adolescente, deve ter a minha idade, ele não me vê como eu percebi isso? Por que ele simplesmente ME ATRAVESSOU!
Ele entrou no banheiro, saiu do banho enrolado em uma toalha, vestiu-se.
Olhou no espelho, olhando para seus olhos azuis que mais pareciam águas cristalinas.
-“ Caleb”- grita alguém com uma voz ardida, que quase estoura meus tímpanos –“ Já vou mãe”- diz o jovem passando gel sobre seus cabelos bagunçados no estilo Robert Pattinson, ele desce as escadas, uma mulher ruiva, um homem pouco preocupado com as coisas a sua volta, apenas lendo seu jornal e tomando café, e um bebê chorando!
Não que eu não goste de crianças, mais as prefiro quietas. Dizem que bebês podem ver anjos.
Pois assim que entrei na cozinha, ele parou de chorar e sorriu, mostrando gengivas saudáveis e brilhantes, porem nenhum dente.
-“ Tchau mãe, tchau pai, tchau Rose”- diz ele dando um beijo na testa do bebê.
Ele pega a chave, que deve ser de seu carro.
Ele vai a garagem, pega sua BMW preta e sai, eu sento-me ao lado dele no carro, sentindo o doce cheiro de seu corpo quente. Logo ele chega à escola e sai do carro do modo tradicional, ou seja, pulando a porta.
Logo vem um garoto falar com Caleb –“ Oi Caleb”- Caleb olha para o garoto através de seus olhos escuros.
-“ E ai John”- diz isso balançando seus cabelos com as mãos, dando certo charme.
Logo veio algumas meninas á direção dele, que pelo jeito que andavam a agiam deveriam ser as “populares”, fala serio, qual é a dela? –“ Ola Caleb”- disse a garota do meio dando um beijo no rosto dele –“ Oi Manie”- mais pelo visto Caleb não gostava muito dela, por que a ignorou completamente e foi para a aula de biologia.
-“ Caleb, o que foi? – pergunta John com um olhar meio confuso. –“ Ela é a garota mais... ”- -“ Bonita? Sexy? Legal? Nem legal ela é! Ela é do tipo que vê você, corre a escola inteira ate você para chegar a você e apenas dizer “ Olha a minha franja”- Caleb diz isso imitando voz de menina e mexendo a franja com os dedos meio tortos.
John cai na gargalhada, pelo visto, Caleb não era aquele riquinho capitão do time de futebol e que tinha como namorada a garota mais gostosa da escola.
-“ Mais Caleb... Por que você não fica com Manie ou uma das amigas dela? ”-
-“ Por que gosto de outra”- John olha surpreso para Caleb –“ Quem? ”-
-“ A Jessica” -
-“ A Jessica? Mais ela é apenas uma nerd”-
-“ Eu sei mais ela me lembra Amy”-
O que Amy? Será que... Não pode ser, existe tanta Amy por ai. -“ Amy? “
-“ Sim, Amy Curry” Ta, agora eu fique assustada, Amy Curry sou eu!
Caleb? Calma ai, eu me lembro! Como poderia me esquecer desse rosto?
Caleb Keaton, o garoto que era apaixonado por mim na 8ª serie.
-“ Amy? Amy Curry? Ah eu sei quem é!”
-“ Sabe? Como? ”-
-“ A vi no jornal da cidade”-
-“ Mais o que... Por quê? ”
-“ Ela morreu em um acidente.”
Caleb olha para John assustado, como se estivesse visto um fantasma. -“ Ta tudo bem Caleb? ”-
-“ É... Esta”- embora seu pensamento dissesse ao contrario, é eu tenho esse dom! Que só quando morri consegui usá-lo, ele não poderia ter aparecido antes?
O professor chega, da à aula, as aulas passam rápidos.
Era hora do intervalo, como a escola quase não representasse perigo, eu resolvi visitar meus velhos amigos.
Fui à casa de Bia, ele estava deitada sobre sua cama, pelo visto não foi ao colégio. Ela segura na mão uma foto que nos duas tiramos na Disneylândia.
Lagrimas passam sobre sua face macia.
-“ Ah Amy, por quê? Por que tinha que me deixar? “-
Ela resmunga logo sua irmã mais velha entra no quarto –“ Bia, você ainda esta chorando? “-
-“ Vai embora”
-“ Só vim avisar que Conner esta aqui, vou o mandar ele subir ta? “-
Bia afirma com a cabeça.
Logo Conner esta no quarto de Bia, que quando e vê, vai correndo abraçá-lo.
-“ Conner”- ela chora tanto.
Conner a conforta em seus braços fortes, a fazendo sentir-se segura.
Conner esta se segurando para não desabar em lagrimas também, mais ele se segura.
-“ A Amy esta em um lugar melhor agora, Bia olha pra mim, pare de chorar, ela não gostaria de te ver assim”-
Conner enxuga as lagrimas de Bia.
De repente eu apareço na escola, ao meu lado, a velha de óculos de fundo de garrafa.
-“ Srtª Amy, não pode abandonar seu vigiado. ”- “ Ah, ta bom”- ela some.
Quando vejo Caleb já esta indo embora, sobe no seu carro, eu sento-me ao lado dele.
Ele vai para a casa, chega em casa, cumprimenta Rose e vai para o quarto, se estica na cama.
Põe seus braços sobre seus olhos.
-“ Ah Caleb, não pense assim”- Penso eu, ouvindo os pensamentos dele, ele esta triste por causa da minha morte.
-“ Quem esta ai? “ – ele levanta-se, será que ele me ouve?
Ou melhor, escuta o que eu penso? Só tem uma maneira de saber
-“ Você me ouve? “- eu penso
-“ Sim, você é o que? “-
-“ Sou seu anjo”-
-“ Meu anjo? “-
-“ Sim, seu anjo, por que esta triste? ”-
-“ Por que uma pessoa que eu amei muito morreu”-
-“ Amy? “-
-“ Como sabe? “ – ele olha pro nada, assustado
-“ Eu não estou ai”-
-“ Desculpa, onde você esta? “-
-“ No seu lado”- eu ri por pensamento, ele escuta, pois ri também.
-“ Ta, mais como sabia de Amy? “-
-“ Er... Por que eu sou sua anja, te sigo em todo lugar. ”-
-“ Anja? Quer dizer que você é mulher? “-
-“ É eu sou, ou pelo menos era antes de morrer”- eu ri, ele abre um sorriso, com seus belos dentes brancos.
-“ Você é bonita? “-
-“ Bom... Depende do seu ponto de vista, mais quando eu era viva, todos diziam que sim. ”-
-“ Nossa agora estou envergonhado”-
-“ Por quê? “-
-“ Qual é? Estou sendo protegido por uma garota! E uma garota linda! ”-
-“ Obrigada, mais que machismo”-
Ele ri, solta um riso tão doce.
-“ Desculpe, é força do hábito”-
-“ Força do habito?”
-“ É... É que tipo assim, eu não conheço garotas doces como você, só as metidas, daí tenho que ser machistas com elas. ”-
-“ Isso não faz sentido”-
-“ Você tem que agir como tal pra que eles não pensem que você é gay”-
-“ Entendi isso que dizer que você age com algo que não para apenas parecer mais homem? Não confia em seu taco? “-
-“ Confio é claro, não ajo como algo que não sou apenas não mostro minha melhor parte”-
-“ Mais pelo seu ponto de vista eu entendo Manie e sua... Vamos chamá-las de cachorras adestradas, são chatas, arrogantes. “-
-“ Ah, ate que enfim alguém concorda comigo”-
De repente um ruído, a porta do quarto dele se abre.
-“ Ouvi você falando com alguém, ta tudo bem filho? “-
-“ É tava pensando alto, você lembra aquela garota, a Amy? “-
-“ Claro, como não me lembrar, você passou dois anos falando somente dela”-
-“ É mãe, ela morreu”-
-“ Ai meu deus, como? “-
-“ Ontem, em um acidente de carro”-
-“ Sinto muito, e como você esta? “-
-” Mau afinal, eu ainda não a esqueci. “-
-“ Preciso ficar preocupada? “-
-“ Não mãe, eu estou bem. “-
Ela sorriu beijo à testa dele e saiu do quarto –“ Ainda esta aqui? “- ele olha pra seu lado, onde eu já não estava mais –“ Não, não ai, aqui, sentada na mesa “- ele ri.
-“ Desculpe mais eu não posso te ver “- ele olha pra mesa sem perceber, olhando fixamente para os meus olhos. –“ Então vamos fazer o seguinte, quando eu não estiver em cima da mesa, eu estou do seu lado ok? “- eu tento dar uma ajuda á ele.
-“ Sim senhora, mas e na escola? “-
-“ Bom, hoje eu fui do seu lado, se quiser, posso ir todos os dias “-
-“ É claro que eu quero você me faz sentir-me... Menos sozinho. “-
-“ Mais e John? “-
-“ Ele não esta comigo 24 horas, diferente de você, não é? “-
-“ É, estarei com você sempre. “-
-“ Fico feliz “-
Será mesmo que não posso tocá-lo? Espere, por que eu ia querer tocá-lo? Amy! O que esta acontecendo com você? Bom, acho que é por que não converso com um garoto atraente sem ser gay por quatro anos.
-“ Como você chama? “- diz Caleb olhando para mim.
-“ Er... Não posso dizer. “-
-“ Tudo bem, mais, você vai me seguir ate no... ”-
-“ Não, te dou privacidade ”-
-“ Obrigada “-
Eu sorrio, ah, esqueci que ele na pode me ver.
Sua mãe entra novamente no quarto –“ Caleb, eu vou sair, preciso que tome conta de Rose”- sua mãe o olha com cara de cachorrinho quando cai da mudança.
-“ Mais e a baba? “-
-“ A baba? Boa pergunta, ela sumiu”-
-“ Ah que ótimo”-
-“ Tchau, tenho uma reunião”-
-“ Tchau”-
A mulher ruiva sai, ele desce as escadas, e sentasse no sofá, na sala, onde esta Rose.
-“ É Rose, somos sós eu e você”-
-“ Esqueceu de mim”-
-“ Desculpe, é que estou tão acostumado á ficar sozinho que eu esqueci que tem alguém do meu lado”-
-“ Não estou do seu lado”- eu rio
-“ Ah, você entendeu”-
Ele ri, parece que Rose estava se divertindo, pois estava sorrindo.
A campainha toca, Caleb levanta-se e vai atender.
É John. –“ Sozinho em casa? Sem nenhuma garota? Incrível! “-
Caleb ri –“ Entra ai” John entra –“ Como esta? Por que na escola você pareceu meio triste, pra baixo”- John traz duas cervejas.
-“ É... É que assim, eu tinha acabo de receber uma noticia ruim de uma menina que amei por dois anos, amo, apesar, eu ainda não tinha a esquecido completamente. “-
-“ Amy? Você a amava? Nossa, se eu soubesse não tinha falado daquele jeito. “-
-“ Tudo bem”
-‘’ Mais como essa Amy era? “-
-“ Ah, ela era linda, seus cabelos loiros, olhos profundamente verdes, parecia uma boneca”-
Senti-me estranha, os vendo falarem de mim com eu aqui